Episódio 28 – Parte B – MC6809 e TRS-Color

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Este é o episódio 28 do Retrocomputaria, onde pulamos o tubarão…NÃO PERA.
Neste episódio, temos um dossiê duplo: Motorola 6809 e TRS-80 Color Computer. E um convidado especial: Juan Castro.
Falamos de mais características técnicas do CoCo 3; do OS-9 e da sua versão open source e otimizada para 6309, o NitrOS-9; das limitações de som e vídeo; de outras limitações de hardware (algumas, inclusive, facilitando o trabalho de ‘brincar’ com o hardware), de características dos BASIC, da interrupção da produção do CoCo 3 e seus motivos (inclusive lendas urbanas), dos clones (Dragon 32/64, Sanpo Color Computer, Micro-SEP, os clones brasileiros) dos relacionados (TRS-80 MC10, Matra Alice) e de diversos jogos. De bônus, histórias do Juan Castro trabalhando na LZ Novo Tempo, produtora de um clone do CoCo, o LZ Color64.
Também no episódio, leitura de emails e comentários.

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e Giovanni
  • Convidado: Juan Castro
  • Duração aproximada: 69 minutos
  • Músicas de fundo: Músicas de jogos de Vectrex e TRS-Color e músicas feitas com Fairlight CMI

URLs do podcast:

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Sobre Cesar Cardoso

Cesar Cardoso é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis, acumulando a tripla função de pauteiro, referencial para evitar que a gente saia do tópico, e especialista em portáteis clássicos.

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  1. Foi um episódio muito bom! É legal ouvir o Juan contar as histórias com tanto entusiasmo, ao contrário de tantos outros da época que ou não se lembram de quase nada ou parecem amargurados por alguma razão.Continuem assim!

    1. O segredo é simples. É só não crescer. :)Faltou tempo pra falar um monte de coisas, mas o pessoal da lista CoCo fez o favor de extrair a informação do meu cérebro a fórceps. Exemplo:- O projeto de micro portátil da LZ: https://lh5.googleusercontent.com/-QcEe9iB2WsU/UKWJmqVBEpI/AAAAAAAABQc/dznCuY_9GmI/s800/Multix-Info85.pngA idéia era pegar um Color, trocar as DRAMs por SRAMs,rancar fora a SAM e o VDG, alimentar por bateria e botar um display LCD. O projeto não foi completado. Era pra ficar tipo um Model 100. Eu cheguei a ver uma placa de Color funcionando com SRAM, mas conseguir manter o estado ao desligar e religar era problemático. As dificuldades técnicas se acumularam e eventualmente o projeto foi engavetado.- Mais coisas sobre o Multix:A placa-mãe era um Color64 normal, com uma interface de 80 colunas plugada na porta de expansão. (Que é a porta de cartucho normal de CoCo, só que interna. Vide as fotos do Color64 do Daniel.)A saída de vídeo (fósfoto verde) vinha dessa placa de 80 colunas, o 6847 era ignorado. Ou seja, ele funcionava só em modo texto mesmo. Tinha os hacks de ROM já mencionados. O gabinete lembrava um PC AT, grande, metálico e pesado, mas na mesma cor cinza-chumbo-escuro-azulado do Color64. Dois drives de 5.25″. Houve a intenção de botar HD, clonando um HD para CoCo que havia nos EUA, inclusive trouxeram um de fora pra gente testar, mas a divisão Color morreu antes que isso fosse feito.Tinha também umas PIAs adicionais pra ligar terminais PDV (calculadoras Dismac hackeadas) em rede, como mencionado no podcast. Rede estrela paralela.- Comutador de Recursos Computacionais (CRC): https://lh6.googleusercontent.com/-xA2eSguoYLs/UKWMJVrbGyI/AAAAAAAABQ0/1wsKJDxLKPE/s800/LZ-CRC.jpgFez muito sucesso em escolas. Nada mais era que chaveamento de tela/teclado/impressora para auxiliar o professor numa sala de aula. Fez bastante sucesso. Nada a ver com a rede paralela de PDVs.- Interface de 80 Colunas:Baseada num cartucho americano chamado PBJ WordPak, e o controlador de vídeo era mesmo o 6845. O hardware foi clonado (talvez com alguns ajustes) mas o firmware foi totalmente feito do zero. A WordPak não vinha com ROM, tinha um programa que você tinha que carregar de disco ou cassete. Ou seja, precisava de uma MultiPak (que era o expansor de slot do CoCo). Para o Multix, a gente botou o driver na ROM.Basicamente, todas as rotinas de gráficos do 6847 (LINE, CIRCLE, PMODE, PSET, SCREEN etc.) foram limadas da ROM e substituídas pelas rotinas para 80 colunas do 6845. Era uma máquina exclusivamente modo texto para aplicativos profissionais. Sim, em BASIC.Nesse BASIC garibado também tinha rotinas pra usar a expansão de memória de 256 MB e umas funções de tela tipo @ SAY GET.- E pra fechar: Os drives eram face dupla, ele lia o lado B do drive 0 como drive 2 e o do drive 1 como drive 3!

  2. Outro projeto brasileiro com o chipset do Coco foi o meu computador para crianças em 1983, que não passou de um protótipo em wire-wrap.http://www.smalltalk.org.br/fotos/pegasus1.jpghttp://www.smalltalk.org.br/fotos/pegasus2.jpgEle tinha 64KB de DRAM e mais 16KB de EPROM para a linguagem Logo no lugar do Basic. Um circuito especial gerava um sinal indicando se um acesso à memória era dado ou instrução. Como o Logo era um interpretador, as instruções vinham sempre da EPROM.Umas modificações que foram projetadas, mas não implementadas: o aumento da memória de 8 para 10 bits de largura, com os dois bits adicionais usados pelo coletor de lixo do Logo. Interface com teclado baseado no 68701 e uma interface de rede.O que matou o projeto foi que nunca conseguimos fazer aparecer uma imagem na TV. A forma de onda NTSC parecia perfeita, mas só tinha ruido na tela. Desmontei o protótipo e usei algumas peças para construir um Apple II para ajudar no desenvolvimento do software. Ai descobri que o problema era o modulador de RF que eu tinha usado – o Apple II deu o mesmo problema. Foi fácil de resolver, mas ai o protótipo já era….

  3. Sim, eu entendi a explicação do Juan sobre a leitura de disquete em loop, e nãaaaaooooooo, não pode ser, eu preciso de um negócio daqueles de apagar a memória dos MIB(Homens de Preto), essa coisa ficou entranhada na minha mente. Desculpa Juan, mas preciso esquecer disso. Gambiarra é muito melhor que isso! Se fosse na época que eu programava em Assembly pra Apple 2 e TK90x, e visse isso, (exagerando ON) eu sentava num canto de parede e chorava (exagerando OFF). Porque? Deus, porque?PS.: Não lembro, mas se tinha algo parecido nos micros que citei acima, eu devo ter apagado da minha memória pelo mesmo motivo.

    1. Gente, favor não mostrar ao amigo Nélio como é feita a geração de vídeo a partir da VRAM no ZX81/TK, senão ele vai dar um tiro na cabeça.

    2. lol, ou suicídio modo “Didi Trapalhões”, hehehe.Cada episódio melhor que o outro, parabéns!

  4. Links que faltaram:”Co” do grant Searle:http://searle.hostei.com/grant/6809/Simple6809.htmlCaChars:http://sourceforge.net/projects/cachars/It did happen because pics:http://i.imgur.com/dAm4P.jpgAdventures do Bob Withers:http://www.coco3.com/community/coconut-directory/bob-withers-graphics-adventures/Outra coisa: o co-autor do futuro livro com o Boisy Pitre se chama Bill Loguidice. (E eu e o Daniel compramos dois Tano Dragons dele que estão pra chegar.)

  5. Pois é, o modo texto do 6847 não possui aqueles caracteres porém como o VDG é burro porém obediente há uma leve gambiarra que pode-se fazer para que ele exiba normalmente os caracteres semigráficos. A partir da ideia do Emerson Costa, o Ensjo, o Victor Trucco, implementou este “patch” no MC-1000 veja em — http://victortrucco.com/diversos/mc1000/mc1000.asp — lá no final!

  6. Foi muito legal terem lembrado do Jean-Michel Jarre que usou um sintetizador Fairlight com o 6809 nos álbuns Magnetic Fields e Zoolok (além do “lendário” album Music for the Supermarkets) e em seus shows na China pós-Revolução Cultural (lembrando que ele foi o primeiro músico ocidental a se apresentar na China pós-Mao-Tse Tung)