Alex Zaikin criou uma réplica em FPGA do Микро-80 — ou Micro-80 para os não fluentes em cirílico. Computador baseado no КР580ВМ80А –clone do INTEL 8080 — tinha 64KiB de memória RAM, saída de vídeo monocromática de 64×32 caracteres em uma TV e interface para usar um gravador cassete comum para armazenamento de dados.
O Micro-80 foi criado no começo da década de 1980 por um grupo de entusiastas, teve seus esquemas e documentação publicados na revista Радио (Radio, heheh) e tornou-se, com seus 200 integrados, o primeiro computador acessível ao ao público na então União Soviética.
Olha a disposição das teclas latinas! Nunca mais falo mal do azerty!
É o leiaute deles, o JCUKEN (ЙЦУКЕН), os MSX da Yamaha vendidos por lá na década de 1980 tinham a mesma disposição de teclado e nele há correlação entre alfabetos latino e cirílico. Mas há também o jeitão mais preguiçoso que faz o JCUKEN e o QWERTY coexistirem em “harmonia”, este sim deve dar nó na cabeça — https://www.retrocomputaria.com.br/2013/01/13/museu-russo-da-apple/
Essa foto desse teclado é bem legal porque permite ver claramente como o alfabeto cirílico tem muito mais letras que o romano.
Pois é, mas é questão de implementação já que o alfabeto latino foi feito para se escrever em latim e ponto final. Nas demais línguas são realizadas pequenas adaptações e assim não se precisar criar um novo alfabeto. Chamamos estas adaptações de acentos, dígrafos, o ß do alemão etc (exemplos divertidos… polonês, turco e vietnamita). No caso específico da língua portuguesa, se fôssemos atender as reclamações do povo que não gosta de colocar os acentos, precisaríamos ter um alfabeto com 32 letras para representar nossas 19 consoantes, 8 vogais , 2 semi-vogais e 3 alofones. 😀