Episódio 54 – Dossiê Atari ST – Parte A

Agradecemos ao Benj Edwards http://www.vintagecomputing.com/ pelo scan
Agradecemos ao Benj Edwards http://www.vintagecomputing.com/ pelo scan

Sobre o episódio

O Atari ST faz 30 anos este ano. Ainda não tínhamos feito um dossiê sobre ele. Agora resolvemos esta falha. E deixamos Jack Tramiel um pouco mais feliz.

Nesta parte do episódio

Começamos nossa jornada em 13 de janeiro de 1984, em uma reunião da diretoria da Commodore, e de lá falamos dos resultados da Home Computer Wars de 1983 para Commodore e Atari Inc, da saída de Jack Tramiel da fabricante do Commodore 64 e de seus movimentos de volta até comprar os ativos da Atari Inc para criar a Atari Corporation.

Fazemos uma parada necessária para relembrar as distribuições de processinho envolvendo Atari, Commodore e Amiga.

Contamos sobre os seis meses loucos envolvendo o processo de criação de um novo computador, primeiro com o NS32000 e depois com o MC68000, e do esforço para apresentar um protótipo completo na CES em janeiro/85 e, depois, do lançamento em junho/85 – primeiro na Alemanha Ocidental e resto da Europa e depois nos EUA.

Falamos dos componentes que formam o Atari ST, tanto os componentes de prateleira quanto os customizados – ah, sim, falamos do suporte a MIDI.

Que tal um sistema operacional? Depois de dispensar a Microsoft por não conseguir terminar o Windows a tempo, a Atari Corp conseguiu o sistema operacional e a interface gráfica na Digital Research… sem antes termos mais uma mudança.

Ficha técnica:

  • Número do episódio: 54
  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Giovanni e Juan
  • Duração aproximada: 53 minutos
  • Músicas de fundo: Compilação de chiptunes do Atari ST/STE
  • Download em ZIP

URLs do podcast:

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Sobre Cesar Cardoso

Cesar Cardoso é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis, acumulando a tripla função de pauteiro, referencial para evitar que a gente saia do tópico, e especialista em portáteis clássicos.

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  1. Senhores,

    Novamente parabéns pelo podcast.

    Sobre a saída de Tramiel da Commodore, de fato ninguém sabe ao certo, mas as possibilidades mais fortes são as seguintes, provavelmente todas estas:

    #1-) Tramiel queria colocar os três filhos em posições-chave na empresa para assumirem o comando quando ele, Tramiel, se aposentasse ou partisse: Gary, Sam, e Leonard.

    Esta intenção era real, fato conhecido e não agradava a Irving Gould.

    #2-) Tramiel liderou a empresa Commodore de forma pouco ortodoxa, mas muito bem sucedida. Sem dúvida graças a ele a empresa atingiu a casa dos bilhões de dólares.

    Porém, uma coisa é cuidar de uma empresa milionária, outra liderar uma corporação de bilhões.

    Tramiel só conseguia agir através de microgestão e tinha alguns problemas para delegar responsabilidades. No melhor estilo “Darth Vader”, muitos “Almirantes” da Commodore caíram diante de Tramiel.

    #3-) Tramiel não entendia a importância real e revolucionária dos microcomputadores.

    Devido ao seu forte vínculo com o mercado de calculadoras, ele tinha muita dificuldade de entender a importância da micro-informática.

    Para ele, calculadoras e microcomputadores eram apenas produtos de consumo. Fim.

    Esta dificuldade de compreender a revolução que ELE mesmo estava causando fez com que alguns passos errados fossem tomados pós C64

    O que era para ter sido o ano de lançamento de um aguardado sucessor do C64, foi um de lançamentos pífios:

    C16 e CPlus/4

    Duas máquinas péssimas, fadadas ao fracasso.

    Tramiel também pecou em não ouvir Peddle, no início dos anos 80, na iniciativa de lançar um computador profissional.

    Novamente a falta de visão de Tramiel não permitiu que ele realizasse o quão na dianteira estava a Commodore.

    Tramiel queria “computadores para as massas”, para o povão. Peddle queria entrar no mercado corporativo, um nicho AINDA desocupado.

    As diferenças de visão entre Tramiel e Peddle se desenrolaram em várias brigas, culminando com a saída deste da empresa.

    Sem Peddle, Tramiel seguiu no intento de computadores pessoais populares, o que COM CERTEZA foi extremamente bem-sucedido.

    Mas a fonte secou quando não pode vislumbrar os próximos passos:

    – um sucessor do C64
    – um computador corporativo

  2. Sensacional a história.

    Estou assistindo a série Halt and Catch Fire (Muito Obrigado Cesar Cardoso), e aborda muito bem está época.

    Seria épico se Jack Tramiel aparecesse na trama.

    Infelizmente como sempre, influências e decisões equivocadas acabam por matar projetos inovadores.

    Agora é esperar pela parte B, unhas estão sendo torturadas aqui.

    Parabéns a todos pela dedicação e um ótimo bom gosto nos temas abordados.

  3. Meus parabéns por mais esta pérola dos clássico, e como não dá para pensar em Atari sem pensar em jogos eu dei uma revirada no meu “livro de anotação” e achei este site que simula os velhos jogos Game & Watch e também a historia do inicio deles. o site da explicação contem varias pérolas dos jogos antigos
    http://pica-pic.com/#/caveman/
    http://satiroretro.blogspot.com.br/2014/06/a-historia-do-game-watch.html

    Ps: totalmente Off-topic mas a primeira coisa que vem na minha cabeça sobre a Atari são os jogos (eu tive um 2600 e antes dele um Telejogo, hehe)