Sobre o episódio
O Atari ST faz 30 anos este ano. Ainda não tínhamos feito um dossiê sobre ele. Agora resolvemos esta falha. E deixamos Jack Tramiel um pouco mais feliz.
Nesta parte do episódio
Começamos nossa jornada em 13 de janeiro de 1984, em uma reunião da diretoria da Commodore, e de lá falamos dos resultados da Home Computer Wars de 1983 para Commodore e Atari Inc, da saída de Jack Tramiel da fabricante do Commodore 64 e de seus movimentos de volta até comprar os ativos da Atari Inc para criar a Atari Corporation.
Fazemos uma parada necessária para relembrar as distribuições de processinho envolvendo Atari, Commodore e Amiga.
Contamos sobre os seis meses loucos envolvendo o processo de criação de um novo computador, primeiro com o NS32000 e depois com o MC68000, e do esforço para apresentar um protótipo completo na CES em janeiro/85 e, depois, do lançamento em junho/85 – primeiro na Alemanha Ocidental e resto da Europa e depois nos EUA.
Falamos dos componentes que formam o Atari ST, tanto os componentes de prateleira quanto os customizados – ah, sim, falamos do suporte a MIDI.
Que tal um sistema operacional? Depois de dispensar a Microsoft por não conseguir terminar o Windows a tempo, a Atari Corp conseguiu o sistema operacional e a interface gráfica na Digital Research… sem antes termos mais uma mudança.
Ficha técnica:
- Número do episódio: 54
- Participantes: Ricardo, João, Cesar, Giovanni e Juan
- Duração aproximada: 53 minutos
- Músicas de fundo: Compilação de chiptunes do Atari ST/STE
- Download em ZIP
URLs do podcast:
- Jimmy Maher ajuda a lembrar da saída de Jack Tramiel da Commodore
- Já falamos que retiramos a imagem deste post daqui, né?
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Senhores,
Novamente parabéns pelo podcast.
Sobre a saída de Tramiel da Commodore, de fato ninguém sabe ao certo, mas as possibilidades mais fortes são as seguintes, provavelmente todas estas:
#1-) Tramiel queria colocar os três filhos em posições-chave na empresa para assumirem o comando quando ele, Tramiel, se aposentasse ou partisse: Gary, Sam, e Leonard.
Esta intenção era real, fato conhecido e não agradava a Irving Gould.
#2-) Tramiel liderou a empresa Commodore de forma pouco ortodoxa, mas muito bem sucedida. Sem dúvida graças a ele a empresa atingiu a casa dos bilhões de dólares.
Porém, uma coisa é cuidar de uma empresa milionária, outra liderar uma corporação de bilhões.
Tramiel só conseguia agir através de microgestão e tinha alguns problemas para delegar responsabilidades. No melhor estilo “Darth Vader”, muitos “Almirantes” da Commodore caíram diante de Tramiel.
#3-) Tramiel não entendia a importância real e revolucionária dos microcomputadores.
Devido ao seu forte vínculo com o mercado de calculadoras, ele tinha muita dificuldade de entender a importância da micro-informática.
Para ele, calculadoras e microcomputadores eram apenas produtos de consumo. Fim.
Esta dificuldade de compreender a revolução que ELE mesmo estava causando fez com que alguns passos errados fossem tomados pós C64
O que era para ter sido o ano de lançamento de um aguardado sucessor do C64, foi um de lançamentos pífios:
C16 e CPlus/4
Duas máquinas péssimas, fadadas ao fracasso.
Tramiel também pecou em não ouvir Peddle, no início dos anos 80, na iniciativa de lançar um computador profissional.
Novamente a falta de visão de Tramiel não permitiu que ele realizasse o quão na dianteira estava a Commodore.
Tramiel queria “computadores para as massas”, para o povão. Peddle queria entrar no mercado corporativo, um nicho AINDA desocupado.
As diferenças de visão entre Tramiel e Peddle se desenrolaram em várias brigas, culminando com a saída deste da empresa.
Sem Peddle, Tramiel seguiu no intento de computadores pessoais populares, o que COM CERTEZA foi extremamente bem-sucedido.
Mas a fonte secou quando não pode vislumbrar os próximos passos:
– um sucessor do C64
– um computador corporativo
Sensacional a história.
Estou assistindo a série Halt and Catch Fire (Muito Obrigado Cesar Cardoso), e aborda muito bem está época.
Seria épico se Jack Tramiel aparecesse na trama.
Infelizmente como sempre, influências e decisões equivocadas acabam por matar projetos inovadores.
Agora é esperar pela parte B, unhas estão sendo torturadas aqui.
Parabéns a todos pela dedicação e um ótimo bom gosto nos temas abordados.
Meus parabéns por mais esta pérola dos clássico, e como não dá para pensar em Atari sem pensar em jogos eu dei uma revirada no meu “livro de anotação” e achei este site que simula os velhos jogos Game & Watch e também a historia do inicio deles. o site da explicação contem varias pérolas dos jogos antigos
http://pica-pic.com/#/caveman/
http://satiroretro.blogspot.com.br/2014/06/a-historia-do-game-watch.html
Ps: totalmente Off-topic mas a primeira coisa que vem na minha cabeça sobre a Atari são os jogos (eu tive um 2600 e antes dele um Telejogo, hehe)