Episódio 52 – Pierluigi Piazzi – Parte B

jau2k-26Sobre o episódio

Nossa homenagem ao professor Pierluigi Piazzi (1943-2015) – já que, infelizmente, não tivemos tempo de fazer um episódio o entrevistando.

Nesta parte do episódio

Continuamos a relembrar a obra MSXzeira (MSX Micro e vídeos), falamos da jornada do professor depois do MSX, e viajamos um pouco falando de educação (?!).

Ficha técnica:

  • Número do episódio: 52
  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Giovanni e Juan
  • Duração aproximada: 42 minutos
  • Músicas de fundo: Músicas do Parn Music Station
  • Download em ZIP

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Sobre Cesar Cardoso

Cesar Cardoso é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis, acumulando a tripla função de pauteiro, referencial para evitar que a gente saia do tópico, e especialista em portáteis clássicos.

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  1. Quanto ao comentário sobre reunião de pais e mestres no Mackenzie (por volta do minuto 10), como uspiano (e deixando de lado a histórica rivalidade com os mackenzistas) posso garantir que a probabilidade de ocorrer algo assim na USP é zero. Não pelo nível de maturidade de seus alunos, mas por causa de uma característica desta universidade. cuja melhor descrição que já vi, foi feita por uma professora, com a qual fiz Cálculo I, que certa vez fazendo uma digressão durante a aula, disse:

    “A USP é a USP e a Uninove (conhecida universidade particular da cidade de São Paulo) é sempre dez, por que na USP, o aluno tem que aprender a se virar para conseguir terminar a graduação!
    E qual é o motivo disso? O motivo é que muitas universidades particulares, como a Uninove, não apenas sobrevivem graças às mensalidades pagas por seus alunos, como fazem grande esforço para atrair novos alunos e para manter seus alunos, fazendo com que seus professores se vejam induzidos a agradar seus alunos, e a se esforçar para resolver os mais variados problemas que possam levar a faculdade a perder alunos, que passam a ser vistos como clientes.
    Já na USP, a principal preocupação é produzir pesquisa. Os professores são bastante cobrados quanto ao andamento de suas pesquisas e praticamente não são cobrados quanto às suas aulas ou ao nível de evasão das turmas. Então, vocês logo vão reparar, que muitos dos professores com os quais vocês terão aulas, não estão nem aí para vocês e para a disciplina que estão ministrando, levam as aulas como se fosse apenas uma obrigação burocrática e você que descubra como vai fazer para aprender a matéria e não ser reprovado na disciplina !”

    Quando ouvi isto, pensei que fosse apenas a professora em questão, se esforçando para valorizar suas próprias aulas (e sua clara preocupação com o nosso aprendizado), desvalorizando as aulas dos outros. Com o passar da graduação, que estou no final, descobri que, infelizmente, o que ela falou era a mais pura verdade, ao menos nos cursos de exatas, os outros eu não conheço tão de perto.

    Quanto à programação, vocês tem alguma sugestão de “Por onde um amador, como eu, poderia começar seu aprendizado de programação?” Afinal, não passei por micros que não fossem PC, não cresci lidando com Basic, e assim acabei passando ao largo da programação.

    E quanto ao “datashow advisor specialist” (citado por fato do minuto 30) posso dizer que, há um outro tipo de professor que precisa de um “advisor”. Muitos professores que conheço, sabem ligar o datashow, criam slides, mas precisariam de um assessor para resolver as questões “como criar slides que não se resumam a figuras para ilustrar o tema abordado em aula”, ou “como criar slides que não sejam quase roteiros de peça de teatro, cheios de texto, e que levam o professor a dar aula lendo slides”.

    Quanto aos programas educativos (citados por volta do minuto 28), espero que gostem do que eu descobri por acaso há cerca de um mês. http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/wiki/Tabela_Din%C3%A2mica_Software_Educacional_livre

    Termino dizendo que, também sinto muito pela perda do professor. Eu estava esperando pela entrevista, principalmente pois, há pouco tempo, ouvindo vocês falando sobre os planos de entrevistar o professor Pierluigi, fiquei curioso e resolvi pesquisar quem era este professor.
    Rapidamente descobri algo que me surpreendeu: Há alguns anos, quando estava no ensino médio, assisti uma palestra com “um professor de Física do Anglo”, que foi à nossa escola e eu, achando que era apenas alguém que tinha ido fazer propaganda do Anglo (pois já havia ocorrido, mais de uma vez, isso: sermos chamados para ver uma palestra e ela se resumir à propaganda de alguma faculdade ou cursinho) assisti a palestra displicentemente e, da palestra, só me lembro do professor dizendo, insistentemente, a frase “matéria dada, é matéria estudada HOJE!” (assegurando que este era um grande segredo de estudo), e da espantosa semelhança entre “o professor do Anglo” e o meu vizinho italiano (o “Seu Paolillo”) que havia falecido pouco tempo antes de eu assistir esta palestra.
    Pesquisando sobre quem era Pierluigi Piazzi, descobri que ele era o tal “professor do Anglo” e como eu não fazia ideia da importância da figura quando assisti a tal palestra, a vi de forma displicente, e só me lembro destas duas coisas.

    1. Ernandes, alguns comentários sobre o seu comentário:
      – Esse sentimento de q vc falou da USP é semelhante ao q presenciei na UFRJ, muitos anos atrás. Na folhinha q eu recebi dos veteranos, dizia: “Sabia q os melhores professores se refugiam na pós-graduação, pq eles querem apenas desenvolver pesquisa e tem medo de nós, alunos da graduação?”. E n é q é verdade? Esse sentimento, de q “se vira, vc n nasceu quadrado” é compartilhado c/ outras universidades públicas. Eu sou de uma geração anterior à sua (colei grau do Bacharelado em 1995, mestre em 2000 e colei grau da Licenciatura em 2008 – cursei Matemática), e já era assim. Eu acho bom, apesar de termos professores q n tem didática nenhuma p/ ensinar. Tomei chumbo em Álgebra I no 1o período pq peguei um sujeito q era um dos melhores algebristas do Brasil… Mas q era incapaz de ensinar qualquer coisa p/ qualquer pessoa. Reencontrei-o 15 anos depois, na Licenciatura, e ele só piorou. Acho q o caminho das pedras tem q ser dado, mas n deve ser adoçado.
      – Livros p/ ensinar programação… Hj em dia, tem video-aulas bem interessantes por aí, inclusive tem um amigo (Gustavo Guanabara) famoso pelo curso de PHP dele na Internet.
      – “O professor faz graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado… Mas n consegue usar um datashow”. Tenho uma amiga q foi aluna de graduação do meu orientador de mestrado. Ele lecionava Cálculo Numérico. Conta ela q ele usava fichas c/ o conteúdo das aulas. Até q um dia deu um vento e voou as fichas. Ele, em pânico, cortou a aula. Na próxima aula, ele apareceu c/ as fichas grampeadas. Tem gente q n consegue ou pior, n quer aprender. Como é q eles vão ensinar? Na escola onde leciono, é um dos problemas + comuns, e ainda querem q eu escreva um tutorial passo a passo… E fazer bom uso do datashow é ainda + difícil. Os caras n conseguem nem usar o dito cujo, qto + usar direito!
      – Os softwares educacionais foram levantados por mim p/ a minha monografia da licenciatura, q eu coloquei disponível no Scribd (http://pt.scribd.com/doc/11122931/Software-livre-e-Matematica-Opcoes-de-pesquisa-e-ensino#scribd). Bem legal, essa tabela.
      – O prof. Piazzi era uma figura, muito simpático. Pena q n conseguimos gravar c/ ele. Melhor a gente gravar c/ todo mundo q queremos gravar logo, nosso prognóstico n ajuda… 🙂