A saga do meu quarto retro – parte 4: E como tudo ficou?


No final das contas, o espaço ficou muito bem organizado, e quase (eu disse quase) todos os MSXs couberam nos seus respectivos nichos. Isto quer dizer que alguns micros não encaixaram apropriadamente.

Por exemplo, o Paxon é impossibilitado de colocar na estante por motivos óbvios: É uma TV de 12 polegadas com um MSX embutido. Esse ficaria montado na mesa, não tem jeito. Já o Frael Bruc 100 é o único MSX que é mais largo do que os nichos. Então, ele acabou ficando guardado na caixa de bacalhau no qual ele veio. E eu também coloquei alguns micros permanentemente montados para meu próprio uso. Então, o Philips NMS-8250 (um MSX 2 convertido para 2+ com turbo), o Panasonic FS-A1ST (meu MSX Turbo-R, que me acompanha desde 1997), o Expert 3 (que pedia um pouco de carinho e amor da minha parte… E teve) e o OCM (a saboneteira mais cara do mundo), que é tão pequeno que ficava em cima de um dos cantos do Expert 3.

Na mesa do lado (aquela, que meu avô fez), ficaria o supracitado Paxon, um gaveteiro e a minha tralha de eletrônica, com destaque para uma TV da Acer, de 19 polegadas que eu comprei na feira do rolo e coloquei num suporte articulado: O plástico da carcaça está se esfarelando, ela é bem usada (passou por uma troca de tela recente e outras manutenções), mas tem SEIS entradas de vídeo: HDMI, VGA, AV, S-Vídeo, RF e SCART europeu. Ela é o paraíso para testar micros. E de qualquer forma, o Paxon também pode ser usado para ligar um MSX japonês ou outro em RF.

Então, no início de julho de 2024, eu realizei a mudança dos micros, do quarto onde estavam amontoados há quase um ano, para seus locais definitivos. Cada um deles foi ligado e testado, antes de irem para seus respectivos lugares. Uma das belezas do padrão MSX é que eles são feitos com componentes de qualidade, então todos os micros ligaram, entregaram imagem, funcionaram. Mas nem tudo é perfeito:

  • Alguns poucos micros deram problema com o teclado. Em particular, o Casio. A coisa se arrastou a ponto de desistir dele. Acabei adquirindo outro e vendi o primeiro, informando claramente ao comprador que o teclado estava com problemas – e pedir um preço mais em conta por isso, claro.
  • O Daewoo árabe está com o teclado funcionalmente estranho, e foi enviado para um amigo dar um trato, junto com o teclado do Paxon – que novamente resolveu falhar na maior parte das teclas.
  • Os Experts precisam de manutenção nos teclados. Ou algumas teclas disparam sem mais nem menos (pode ser que as molas das teclas estejam cansadas), ou mau contato no cabo. Ambos passaram por reparos recentemente.
  • O slot 2 do CAPTAIN NTT não funciona (já não funcionava quando veio para mim, então deixei pra lá), o Canon V-8 tinha uma solda fria no conector AV (já foi reparado)…

Mas em linhas gerais, a grande maioria funciona perfeitamente. MSX é fruto do seu tempo, quando era feito como um micro barato, mas com componentes de qualidade: É raro um MSX ter vazamento de capacitores, ao contrário de outros micros clássicos.

E esse processo me tomou todo um proveitoso dia. De lá pra cá, ainda preciso ver a saída de vídeo dos Yamaha (um está muito escura, outra começa com falhas e depois vai melhorando), mas são placas analógicas novas, projetadas pelo RBSC. Coisa pra se ver numa próxima festa da solda.

Então… Fotos, né? Aqui está o álbum, no Google Fotos, trazendo toda a saga, e além disso, fotos de (quase) todos os micros da coleção, e mais fotos do que foi todo esse processo. Algumas fotos já foram passadas ao longo dessas quatro partes (e novamente desculpe se eu falei demais), mas tem mais fotos no álbum. São mais de 80 fotos.

Essa série de posts estava guardada há tempos para sair, e agora finalmente saiu. Espero que vocês tenham gostado de mais essa minha saga. Quem sabe você se inspira a fazer algo do tipo? Se quiserem o contato dos profissionais que fizeram o projeto do escritório, é só clicar aqui. Recomendo, trabalho ótimo. Inclusive no Estragão deles, estão lá duas fotos do meu escritório. Não foi nada barato, mas tudo se resolveu como era o previsto.

E como diria Fernando Sabino, “No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim“.

Divirtam-se! Ou não. Agora, se você não gostou ou quiser resmungar da vida aqui, já vai sabendo que apagarei seu comentário.

PS: Definitivamente, os MSXs com os melhores teclados são os Omega mesmo…

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

2 pensou em “A saga do meu quarto retro – parte 4: E como tudo ficou?

  1. Salve Ricardo. Que Maravilha ficou! E que bela coleção de máquinas! Tirando o Hotbit, que é hors councours, as máquinas vermelhas são as mais bonitas.
    Os móveis ficaram legais e os nichos também. A mesa que seu avô fez é uma jóia rara. Fez bem em mantê-la.
    Só tome cuidado ali com as caixas sob a saída do ar condicionado, porque às vezes ele pode entupir e vazar água ou cuspir gelo.
    Grande abraço,

    1. Oi Danjovic! Eu só não digo que “valeu a pena a espera” porque foi quase um ano nessa novela toda! Os móveis ficaram bem bacanas, não sabia que cabia tanta coisa dentro – meti caixa organizadora inteira dentro de uns desses armários, e coube. A mesa que seu Alfredo fez tá lá, continua com pelo menos um MSX em cima dela, como manda a tradição! 😀 Quanto ao ar condicionado, eu coloquei os softwares em cima por serem mais leves e serem mais fáceis de serem movidos, caso precise fazer manutenção no ar condicionado. Os livros estão embaixo, mas devo fazer limpeza dele e dos outros agora em julho, aí vou ter que deslocar a mesa, esvaziar as prateleiras…

      Mas ficou muito bom, concordo. Agora falta tempo para usufruir de tudo! E cadê ele… Heheh!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *