Até o clima conspira.
Chegamos à terceira parte dessa saga aguardando a entrega do novo móvel. Calculei a chegada dele lá pro final de maio (presentão de aniversário pra mim), mas o que acontece em maio de 2024? As piores enchentes da história do Rio Grande do Sul. E antes que você me pergunte, já adianto: A fábrica do móvel fica em Bento Gonçalves, RS – conhecido pólo moveleiro.
Quando o proprietário me liga e conta do motivo do atraso, perguntei a ele: “Mas está tudo bem com os funcionários da fábrica? Alguém perdeu a vida?” Ele diz que está tudo bem com eles, mas a carreta com o material não podia sair da fábrica – então iria atrasar uns dias. Bem, para quem esperou dez meses até aqui, mais umas 2 semanas… Não é tão difícil assim.
Vamos à montagem.
E, no final de maio, finalmente é feita a entrega das partes que comporão o móvel novo. Uma pilha de placas de MDF de mais de um metro de altura, e incontáveis partes menores, ferragens, puxadores, parafusos, etc. Marcamos a montagem. Ela começa numa sexta, seria paralisada no final de semana, segue por uma segunda… Se precisar, vai até terça. Certo?
Errado. A montagem se arrastou até as 23 horas de quarta, véspera do feriado de Corpus Christi. Deu muito trabalho, mas ao longo do processo fui fotografando (sem ficar perturbando os montadores – se eu não gosto que me atrapalharem enquanto trabalho, então não irei incomodar os outros) e fui vendo o sonho finalmente se tornar realidade.
E, na noite daquela quarta, final de maio… O processo de montagem acabou. Alegria, finalmente! Processo encerrado, dinheiro do primeiro móvel creditado, serviço (muito) bem feito do segundo móvel… E eu vou dormir. Feriado vem aí, e a montagem será feita, sem pressa.
E começa a minha montagem.
Nos próximos dois meses fui arrumando tudo calmamente, e registrando o processo. Nas fotos do processo, vocês podem ver que, de um lado do quarto, há três estações de trabalho, e acima, um total de 36 nichos (com previsão para colocação de portas de vidro no futuro), onde ficariam os micros. A estação da janela é a da minha esposa. A estação no canto oposto ficaria uma escrivaninha, com impressora, servidor essas coisas. Eu ficaria na estação do meio.
E aí começa a trabalheira, de montar extensões, passar fios de energia, cabos de rede, interligar tudo… Um processo que leva um bocado de tempo para ser concluído. Ainda tem a arrumação dentro dos armários e gavetas (nossa, como são grandes, dá pra por uma caixa organizadora dentro com folga!), os livros que ficam, os softwares de MSX… Acabei colocando uma segunda prateleira em cima da que eles colocaram, e também coloquei alguns suportes do tipo “mãos francesas” para dividir o peso (papel pesa, e uma das prateleiras já estava começando a ceder em um dos cantos). Em resumo, foi um processo que levou cerca de um mês e meio.
E nisso, tem os MSX. Além de definir em qual nicho qual MSX ficará, eu deveria decidir qual MSX ficará montado na mesa, de forma permanente. No início de julho de 2024 (quase um ano depois do início da saga), ligo todos os MSXs, testo um a um… E alguns poucos apresentam problemas com o teclado. Em um deles, o slot 2 não funciona (já sabia, não é um problema sério). Outro tinha um mau contato no conector AV (nada que uma solda não resolva). Tem um em que a imagem começa esquisita e depois melhora (estranho, a placa analógica tinha sido trocada). No “irmão” dele, a imagem está escura demais (deve ser regulagem). Mas todos ligaram, todos funcionaram, todos geram imagem. Viva!
A mesa do meu avô recebeu a incumbência de virar “a mesa da solda”, com uma TV Acer de 19 polegadas presa num suporte de mesa articulado (aquela que eu mencionei alguns posts atrás) e algumas ferramentas – incluindo meu ferro de solda velho de guerra.
A empresa que montou esse segundo móvel, tinha me perguntado se eles podiam filmar e fotografar tudo, para divulgar no Instagram deles. Eu disse que sim, sem problemas, só que demoraria uns 2 meses para arrumar tudo. Bem, filmaram em agosto, fizeram o vídeo… E eu não sei onde está. Vou ficar devendo.
Ah, e como ficou a parte “burocrática”?
Em agosto de 2024, o banco no qual o ressarcimento foi feito, fechou questão e tudo foi resolvido. Ou seja, recebi o dinheiro creditado na conta do cartão, então fiquei alguns bons meses sem pagar fatura. Isto resolveu meu problema.
Conversei com o advogado, que citei no post anterior (o Sorriso), e abri mão do processo, encerrando-o e pagando as custas dele por ter feito quase nada. Claro que ele não gostou, devo até ter entrado pra (longa) lista negra dele. Mas como disse, não estou chamando-o para vir jantar na minha casa, mas para prestar um serviço. E foi melhor assim, vão-se os anéis, ficam-se os dedos.
A primeira empresa está lá, fechada. Passo na porta da loja vez por outra, e continua na mesma. Pelo visto, 23 anos de loja aberta não são necessariamente critério para segurança financeira. Lembrarei disso no futuro.
A segunda empresa me perguntou sobre quando colocarei as portas de vidro nos nichos. Provavelmente agora em 2025 isto será feito. Mas agora não tenho pressa para tal, é preciso ter dinheiro.
Então, essa é a saga do móvel. Acabou? Não. Essa será uma trilogia em quatro partes. Na última eu vou mostrar procês como está tudo. Afinal, o prazer do colecionador é exibir e falar a respeito da coleção.