Quinta do Pitaco: Querendo programar em C para MSX mas não sabe por onde começar?

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você

Ops, é mais ou menos isso… Digamos que você cansou de ouvir bla-bla-bla sobre um monte de coisas nas comunidades retro, e resolveu fazer algo. Digamos que você viu o povo portar o Prince of Persia até pro Beeb, aí olha pro lado e vê gente na comunidade MSXzeira falando de carregar programas de fita cassete (em 2018!) e de viagens na maionese estelar, sobre o que os outros poderiam fazer para eles. Mais especificamente, você resolveu programar em C, e para MSX. E não sabe como começar. Bem…

De cara te recomendo a visita a essa wiki aqui. A HI-TECH C Compiler for CP/M fan WIKI tem bastante material para programação em C, usando o compilador HI-TECH C para CP/M. A empresa responsável por ele inclusive abriu o código-fonte outro dia, e está… Aonde? Adivinhe? Sim, no Github. Mas se você não quiser o código-fonte, pode dar um pulo no z80.eu pegar o compilador e o manual. Além, tem o script SpliceMSX, que faz o serviço sujo procê e instala o HI-TECH C Compiler for CP/M e configura tudo no seu Windows. Aí é sentar e usar.

Mas… Voltando à wiki, eu já te indico uma biblioteca apenas que faz valer a pena a olhada, a ESGFXLIB V9990. Sim, uma biblioteca (em desenvolvimento) para fazer uso do chip V9990. Assim dá para escrever código em C que use a GFX9000/Powergraph/Powergraph Light, que tal?

E se você quiser um exemplo, uma das mentes em baixa resolução que cometem esse podcast fez esse post no blog dele, falando sobre o port do aclock para o MSX, usando C. Enquanto ele não escreve algo aqui a respeito… Vão lá e dêem um pouco de pageviews para ele!

Falando nisso, alguém tem interesse em fazer uma iniciativa semelhante com Pascal? Se sim, largue um alô aí nos comentários. Estou com ideias… Voltarei a falar delas numa próxima quinta.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

0 pensou em “Quinta do Pitaco: Querendo programar em C para MSX mas não sabe por onde começar?

  1. Pô, Ricardo!

    Você nem deixou a oportunidade para solicitar um artigo semelhante para Pascal!!! :/

    Ainda estamos aguardando aquele artigo sobre o teu ambiente de desenvolvimento em Pascal para MSX… ;o)

    1. Acredite, Klax, eu não esqueci, e quero fazer esse artigo e disponibilizar a solução de uma forma que fique fácil pra todos usarem.

      O maior problema que temos com Pascal no MSX é a falta de documentação. Eu tenho 23 Mb de bibliotecas em Pascal, mais de 1400 arquivos… E pouca ou nenhuma documentação. Isso é assunto p/ uma próxima quinta do pitaco.

  2. Oi Ricardo. Vez por outra escuto o podcast e frequentemente venho aqui na página. Eu não uso MSX há anos e acho que o último encontro em que fui foi no século passado… Mas uma pergunta: eu vejo uma zueira recorrente sobre a galera que usa ou quer usar cassete nos seus computadores antigos. Eu ainda não entendi o porquê dela. É alguma piada interna? Afinal, usar cassete em 2018 é tão bizarro quanto usar um computador 8 bits. Ou tô enganado?

    1. Oi Vitor! Realmente a gente faz uma zuera c/ fitas cassete, assim como com o peso do Commodore 1541 ou os anúncios no Mercado Livre que começam com MSX TK CP. Eu mesmo abandonei as fitas cassete como meios de armazenamento de dados em 1988 (30 anos atrás), e fiquei com disquetes um bom tempo. Hoje em dia, não uso disquetes nos meus MSX, só cartões CF e SD.

      Quanto ao nível de bizarrice, eu acho que fita cassete está acima na escala de bizarrice. Estamos numa onda vintage, o retro virou pop, mas mesmo antes disso a maioria das plataformas de 8 bits (senão todas) partiu para soluções que sejam mais eficientes do que a fita cassete. Até os ZX-81 tem como carregar jogos via rede sem fio (o Victor Trucco fez isso outro dia), então…

      Na minha opinião (e é a minha opinião), eu acho que usar fitas cassete hoje em dia é mais bizarro do que usar um micro clássico, seja ele qual for. Entendo que alguns usam fita cassete por nostalgia pura e simples, ou por quererem ter exatamente o conjunto que tinha no passado. E a gente faz piada, como sempre fazemos. Nada contra, tem gente que usa Windows e gosta… O principal “defensor” das fitas cassete no MSX outro dia me falou que faz isso apenas com o objetivo de trollar quem não quer saber de fita.

      E de trollagem em trollagem, a gente vai levando com bom humor. Mas sem ofensas, por favor.

      1. Valeu! Zueira em doses homeopáticas faz bem pra coração! Pergunta respondida. 😉 Um abraço.