Retrobright – a saga – parte 4 de 4 (problemas e conclusões)

Problemas…

Remontando o teclado.

Bem, fui remontar o teclado… E o problema foi a barra de espaço. Como ela é muito grande, ela empenou. Se eu a deitasse numa mesa e apoiasse em um dos lados, o outro lado levantava. Empenou lateralmente, e também empenou “de cima pra baixo”. E agora, como corrigir?

Bem, primeiro peguei um pequeno torno, o mesmo secador de cabelos descrito anteriormente e tentei aquecê-la para colocá-la no seu lugar. Começou a detonar a parte de dentro da barra de espaço (mas também, o secador da madame é quase um soprador térmico!). Depois, parti para o Youtube, para ver mais vídeos a respeito. Um deles sugeriu esquentar água, colocar lá dentro (até amolecer o plástico), remover, forçar (com as mãos mesmo) e depois colocar numa tigela com água fria. Tentei isso, e melhorou um pouco.

O vídeo que usei de referência é esse aqui embaixo:

Conversando com meu pai, ele me arrumou um peso grande (que ele chama carinhosamente de “queijo“) para pressionar a barra de espaço, e desempená-la. O peso é uma herança do marceneiro amador da família, meu avô… Bem, removi a dita cuja do micro, coloquei ela em uma superfície lisa, apoiei o “queijo” em cima e… Aguarde. Resolvi tentar, e o peso ficou lá, forçando a barra de espaço para baixo por mais de uma semana. Acho que foram 10 dias, na verdade. E a barra de espaço desempenou um pouco, o bastante para remontar tudo e ela não prender nas laterais. Pensei em usar água quente para acelerar o processo, mas foi apenas o peso em cima. Deu certo.

Conclusões

Bem, é possível tirar algumas conclusões. Vamos a elas:

  • Existem várias receitas, mas a melhor relação custo-benefício é a água oxigenada + sol + papel filme. Resolve.
  • Um ionizador geraria um resultado melhor, mas eu não vou gastar R$ 230 num gerador de ozônio com mangueira (como esse aqui), e ainda ter que comprar sacos do tipo ziploc grandes (como esses aqui). Não compensa.
  • Eu deveria ter feito o teclado de outra forma, tirando a placa com as teclas, aplicando o creme e passando o papel filme. O resultado seria melhor.
  • Radiação UV é fundamental. E eu preferi usar o sol mesmo.
  • Barra de espaço é um caso sério… Ela ficou 10 dias debaixo do peso (o “queijo”), e desempenou bem… Mas não voltou ao original. Bem, ela está funcionando normalmente agora, mas quem olha de perto, verá que houve algum dano nela. Paciência.
Gabinete vazio, depois do retrobright. Lindão, não?
Micro remontado. Note a barra de espaço.

E você, que leu até aqui, quer ver como o micro ficou, certo? Então, nada melhor do que a galeria de fotos, que eu coloquei no Flickr. Então, se você clicar nesse link aqui, você irá para a minha galeria, onde essas fotos e mais algumas (são 28 no total) estão lá, para o seu deleite.

No futuro, essa série e outras serão transformadas em páginas, aqui no site. Quando… Eu ainda não sei. Mas espero que esse processo todo ajude vocês a clarear os seus micros clássicos. E cuidado com a barra de espaço!

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

8 pensou em “Retrobright – a saga – parte 4 de 4 (problemas e conclusões)

  1. Ricardo,

    acompanhei os seus posts de Retrobright e agradeço por ter tido a paciência de gerar o material. Vou ter que passar por processos similares com alguns equipamentos e sua série vai ser fundamental como baseline.

    Quando conseguir fazer, anotarei minhas observações e conclusões e postarei aqui nos comentários.

    Keep up the good work!!!

    1. Que bom que você gostou, Danilo! A ideia é compartilhar essa informação toda, para que ninguém cometa os erros que eu cometi. E também fica como uma referência pra mim mesmo. Eu não faço isso todo dia, logo quando fico com dúvida, volto e releio o que eu escrevi. Aguardo seus comentários.

      Obrigado!

  2. Alguém sabe quais os plásticos usados nos gabinetes dos micros clássicos? Sei que são termoplásticos moldados por injeção mas não encontrei uma indicação se era polipropileno, polietileno ou PVC.

    1. Eu também não sei, Ruy.

      Estou agora numa nova empreitada, que é clarear um antigo porta-disquetes que é no formato de um monitor, como esse aqui embaixo:

      Porta disquetes no formato de um monitor de tubo!

      E minha ideia é montar dentro dele uma tela LCD como essa aqui embaixo:

      Uma tela LCD de 3,5

      Montar tudo dentro desse monitor. Já pensou? Bem, mas antes eu preciso comprar uma micro retífica. E aprender a usar ela. A tela tá a caminho, um dia desses chega (China, né?). Aí eu conto pra vocês o resultado.

      Fora, tem alguns trabalhos novos em pintura, vou repintar a tampa do meu Expert 3 (ficou ó, uma bosta) e quero fazer uma pintura bem… Diferente em um Hotbit que comprei. E tudo isso será documentado e postado por aqui. Aguardemmmmm.

  3. Legal a matéria Ricardo, deu um belo material de pesquisa.

    Mas para falar a verdade, eu não curti muito o resultado final com as teclas, elas me pareceram que ficaram meio amarelas, meio brancas. Deu dó da barra de espaço.

    Quanto ao material que o 8-Bit Guy usou e o que temos disponível aqui, quanta diferença de preços….

    1. Sim, eu também não gostei muito do resultado final das teclas. Como disse no post, devia ter feito com o teclado montado. Talvez eu faça de novo no futuro, n sei. Claro, sem a barra de espaço. Mas o gabinete ficou ótimo.

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