[UPDATE] Nerd p0rn do dia: Odyssey (O orirrinállll!)

Que fique bem claro: não é aquilo que os brasileiros conhecem como Odyssey. É o antecessor dele, de 1972, que nem microprocessador tinha e estava mais para telejogo que para console como o conhecemos. Se bem que já usava cartuchos. [UPDATE] Falando nisso, o nosso leitor Carlos Bragatto nos mandou uma foto de placas de cartucho de Odyssey. Só melhora. [UPDATE*2] Mestre Jecel explica o funcionamento do circuito.

Em algum lugar aí dentro (clique para ampliar) tem que ter um circuito integrado. Tem que ter. Mas… não tem! É tudo com transistores! Se não acredita em mim, vá neste site e veja os diagramas com seus próprios olhos que a terra há de comer.

Odyssey1
Odyssey1 Daughterboards

E quanto aos cartuchos, você pergunta? Ora… são meros contatos que configuram o movimento da bola e a detecção de colisão. O negócio todo é assustadoramente minimalista. Nestes tempos em que até um abridor de porta de garagem tem mais poder de processamento que todos os computadores do mundo de 50 anos atrás, é difícil imaginar como conseguiram gerar imagens interativas em uma tela só com essa quantidade ridiculamente pequena de eletrônica. Mas conseguiram. A foto abaixo é cortesia de Carlos Bragatto.

Cartuchos Odyssey IDe um lado, temos o jogo 7 (Vôlei) e de outro o jogo 8 (Basquete).

(Giovanni Motta via G+)

Sobre Juan Castro

Juan Castro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis – a única cujo Micro Formador não foi o MSX (e sim o TRS-80). Idealizador, arquiteto e voz do Repórter Retro. Com exceção do nome, que foi ideia do Cesar.

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  1. O cara era macho pra c@ralho! Ele também fez o Simon(Genius da Estrela por aqui)!!

  2. Olhei o esquema e é suficientemente simples que dá para explicar neste reduzido espaço. O circuito básico é um inversor com atraso feito com um transistor. Você dá um pulso na entrada e um tempo depois a saída muda (ou ela muda na hora e depis de um tempo volta ao que era – eu teria que olhar o circuito com mais cuidado para ver qual é o caso).

    Cada plaquinha tem quatro destes: um cuja entrada é o sincronismo horizontal e a saída vai para outro destes e um terceiro cuja entrada é o sincronismo vertical e a saída é o quarto atrasador. Quando o primeiro e terceiro circuitos foram acionados mas o segundo ou o quarto ainda não a saída é ativa. Isso corresponde a um retângulo branco na tela. Controlando os quatro atrasos temos: posição horizontal, largura, posição vertical e altura.

    Repetindo este circuito seis vezes temos: jogador 1, jogador 2, bola, sincronismo horizontal e sincronismo vertical. Existem ainda dois registradores para guardar dois bits: a direção da bola e efeito (“english” é o termo usado no tenis). Os cartuchos ligam os vários elementos de maneiras um pouco diferentes para cada jogo. É algo como a programação do ENIAC com paineis de fios.

    As duas placas da foto do Carlos parecem iguais. Imagino que um lado e outro da explicação são lados (não faces) da mesma placa. Você coloca de um jeito e tem o jogo 7 e ser vira a placa de ponta cabeça tem o jogo 8, certo?

    1. Correção: os circuitos de sincronismo horizontal e vertical precisam de apenas dois atrasadores. O circuito chamado “spot generator” com quatro atrasadores é usado quatro vezes: jogador 1, jogador 2, bola e parede (que faltou na minha lista anterior – eu falei que eram seis!).

  3. eu tenho um !
    completo, mas sem a caixa, com a espingarda, 5 cartuchos, os controles……
    Ganhei de presente de um amigo, que sabe que gosto de coisas antigas !

    1. Fico muito feliz por você e garanto que não nutro qualquer ponta de inveja, pois estou acima desses sentimentos mesquinhos.

  4. Já um um desses bichos com os “cartuchos” originais trancafiados em resina (pra durar mais, sabe? 😉 ).

    E com os overlays originais que se colava no tubo da TV! Em duas versões: 14 e 20″