Uma declaração de amor ao Quasímodo dos microcomputadores

Por Claudio Picolo, via FB.

O MC-1000 é o campeão mundial de quantidade de vaporware, bugs inexplicados, rastros de testes que não deram certo e histórias mal contadas sobre quase tudo.

É provavelmente o pior microcomputador pessoal já produzido, mas e daí? É legal pra cara***!!!

Esse pequeno monstrinho é uma porta aberta para quem gosta de quebra-cabeças de eletrônica e talvez a melhor máquina do mundo para praticar linguagem de máquina Z-80.

Agora tende a ser também o campeão da gambiarra: já até pensei em estudar uma interface CDX-2 e compatibilizar o hardware com ele (obviamente reescrevendo a ROM) para ele (finalmente) ter um drive ao invés de depender de cassete para storage.

Que mais eu poderia acrescentar? O MC-1000 é que nem certos cachorros: tão feio que é fofo.

Ugly-pug

Sobre Juan Castro

Juan Castro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis – a única cujo Micro Formador não foi o MSX (e sim o TRS-80). Idealizador, arquiteto e voz do Repórter Retro. Com exceção do nome, que foi ideia do Cesar.

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    1. Talvez…
      A melhor, na minha opinião, é a que se tem disponível.
      Depende do tamanho do mundo/universo de máquinas.

    2. Era uma máquina incrivelmente interessante, para aqueles que a tiveram como “O” primeiro contato com o computador foi uma experiência bastante interessante. Os teclados de silicone ajudavam a disfarçar a lentidão de quem catava milho e o fato de ser único nos estimulava a entender o funcionamento dos programas para adaptar os códigos de Apple, ZX Spectrum e até TRS-80 Color para fazê-lo funcionar em nossas maquinetas… Claro, pra algumas pessoas pode ter sido frustrante mas para aqueles que toparam o desafio foi recompensador.

      1. É bem por aí mesmo… Lembro que em uma autoapresentação que redigi no meu primeiro sítio web eu dizia que o MC-1000 tinha me ajudado a desenvolver o “instinto fuçador”. já que tínhamos que vasculhar os recursos da máquina e nos virar para implementar coisas que outras linhas já tinham de cara. 🙂

        1. Ter um computador já era uma coisa por si só elitizante, tem um computador que mais ninguém tinha era quase um desafio… um “se vira!”. O que eu mais fazia era ficar digitando os programas da INPUT convertendo-os para o MC-1000 e sabem qual foi o efeito colateral? Aprendi Applesoft BASIC, Sinclair BASIC, TRS-80 BASIC e MSX BASIC (quando ganhei o MSX os manuais eram só para as coisas cabeludas, eu já conhecia — quase — tudo)

          1. Quando pulei do MC-1000 para o MSX, cara… eu me sentía nas núvens!
            Era como se juntasse o melhor de todos os dialetos de BASIC que eu tinha visto até então e mais um pouco.
            Se tem gente que admirava as doideiras que eu fazía no MSX, a culpa foi do MC-1000, com certeza.