Arquivo mensais:fevereiro 2012

Retrohitz #51 – MSX Game Audio: Konami Pack

retrohitz051
No episódio de hoje, o MSX Game Audio: Konami Pack.
Este é um CD que foi vendido na comunidade MSXzeira há algum tempo atrás, composto as músicas de jogos da Konami – portanto, muito Gradius, Space Manbow, Metal Gear e outros – conforme executadas por micros MSX.
Duração: 64 min
Lista de músicas:

  1. Konami Intro
  2. Space Manbow Intro
  3. Space Manbow Finale
  4. Kings Valley II Intro
  5. Kings Valley II Level Select
  6. Kings Valley II Gameplay BGM 1
  7. Kings Valley II Gameplay BGM 2
  8. Kings Valley II Gameplay BGM 3
  9. Kings Valley II Gameplay BGM 4
  10. Kings Valley II Gameplay BGM 5
  11. Kings Valley II Gameplay BGM 6
  12. Kings Valley II Gameplay BGM 7
  13. Kings Valley II Gameplay BGM 8
  14. Kings Valley II Final
  15. Kings Valley Gameplay BGM
  16. Hinotori Intro
  17. Hinotori Gameplay BGM
  18. Hinotori Finale
  19. Nemesis III Episode II Intro
  20. Nemesis III Episode II Fighter Select
  21. Nemesis III Episode II BGM 1
  22. Nemesis III Episode II BGM 2
  23. Nemesis III Episode II BGM 3
  24. Nemesis III Episode II BGM 4
  25. Nemesis III Episode II BGM 5
  26. Nemesis III Episode II BGM 6
  27. Nemesis III Episode II BGM 7
  28. Nemesis III Episode II BGM 8
  29. Nemesis III Episode II BGM 9
  30. Nemesis III Episode II Final 1
  31. Nemesis III Episode II Final 2
  32. Knightmare Gameplay BGM
  33. Knightmare II Maze of Galious Intro
  34. Knightmare II Maze of Galious Gameplay BGM 1
  35. Knightmare II Maze of Galious Gameplay BGM 2
  36. Knightmare II Maze of Galious Gameplay BGM 3
  37. Knightmare III Shalom Intro
  38. Knightmare III Shalom Name misc select
  39. Knightmare III Shalom Gameplay BGM
  40. Quarth Gameplay BGM 1
  41. Quarth Gameplay BGM 2
  42. Quarth Gameplay BGM 3
  43. Quarth Gameplay BGM 4
  44. Quarth Gameplay BGM 5
  45. Quarth Gameplay BGM 6
  46. Quarth Gameplay BGM 7
  47. Quarth Gameplay BGM 8
  48. Quarth

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O Raspberry Pi arria as internets

Quem diria que, em pleno 2012, com seus iPhones, iPads, Nexus, quad-cores e tudo o mais, uma plaquinha do tamanho de um cartão de crédito, custando 35 dólares, fosse causar o frenesi que causou?

Quem acordou às 0600GMT (ou 3 da manhã, horário de Brasília) deste 29 de fevereiro para tentar comprar o Raspberry Pi Model B só encontrou uma página estática no site da Raspberry Pi Foundation e os sites dos parceiros da fundação, a Premier Farnell e a RS Components, derrubados pela demanda insana por longas horas – de tal maneira que ninguém conseguiu notar que o Model A (o mais barato, de 25 dólares, sem as portas Ethernet) também vai ter 256MB de RAM. Aparentemente Thom Holwerda, do OS News, conseguiu alguma coisa e nos mostrou como é.

Claro que o primeiro lote durou poucas horas à venda; pelo menos, você pode registrar o interesse na compra na RS Components e na Farnell (com muita sorte você até consegue fazer a pré-compra na Farnell Export, mas aparentemente não é possível escolher o Brasil como país de envio e a Farnell Newark brasileira não tem ideia do que seja Raspberry Pi – assim que conseguir contato com eles atualizo este post).

Enfim… é esperar. Aliás, enquanto espera e burila o que você vai fazer com o seu R-Pi, que tal dar uma olhada no grupo Raspberry Pi na Element 14 (o site comunitário da Farnell)?

Um MSX que é… Terminal de Videotexto.

NTT_Captain-Multi-Station.1O NTT CAPTAIN é um microcomputador padrão MSX, fabricado sob encomenda para a companhia telefônica estatal japonesa, a NTT. CAPTAIN (em inglês, capitão) na verdade é a sigla Character And Pattern Telephone Access Information Network. A tradução livre é “Rede de Informação em Caracteres e Acesso Telefônico”. Nós conhecíamos no Brasil algo similar, que era o nosso Videotexto. Serviços semelhantes eram o RTPtexto português, ou o Minitel francês. Na prática, um sistema de BBS estatal.

Logo, a NTT encomendou à Mitsubishi que fizessem um MSX2 que funcionassem como dispositivos CAPTAIN. Esses micros foram chamados de Captain Multi Station (CMS) por volta de 1986, e custavam o equivalente a R$ 2025,00 (câmbio de hoje), vários aparelhos foram vendidos e entraram em circulação.

Há quem diga que o governo japonês ainda mantém o projeto CAPTAIN no ar, embora tenha certamente sido deixado de lado por conta da Internet. Segundo o MSXzeiro Alex Wulms, o chip FM-PAC era capaz de gerar os “tons CAPTAIN” para o telefone, o que reforça a ideia da escolha do MSX como padrão adotado para ser a base de um dispositivo CAPTAIN.

Por dentro

Tirando o Daniel Ravazzi, não conheço mais ninguém que tenha um NTT CAPTAIN Station à mão. Sim, o Ravazzi tem e levou a Jaú, onde tive o prazer de mexer com um. Falo melhor das minhas (parcas) impressões no final.

Por dentro o NTT CAPTAIN Station é um MSX2 com 192 Kb de RAM, com PSG. sem drives de disquete ou portas de cassete, Kanji ROM, modem embutido, teclado destacável e opcional, saídas RF, RCA e RGB, 2 slots para cartucho, 2 portas de joystick e controle remoto. Vamos às considerações:

  • 192 Kb de RAM? Bizarro, visto que MSXs tinham sempre múltiplos de 64 Kb, em geral (64/128/256/512 Kb), e não 2,5 vezes, como 192 Kb.
  • Cadê o FM-PAC? Bem, deve estar por lá, mas aí, só abrindo. Se topar com um integrado, como um MSX-Engine, aí lascou.
  • Sem drives de disquete ou portas de cassete… Só com interface externa de drive, ou IDE mesmo.
  • A Kanji ROM é fundamental, tem que estar por lá. Mas não é acessível por um CALL KANJI.
  • O modem não é acessível sendo MSX (CALL COMINI não funciona).
  • Teclado destacável… Coisa rara de se ver entre micros japoneses.
  • O controle remoto é algo que nenhum outro MSX teve.
  • Carcaça metálica, como os Philips NMS-8250, o que ocasiona maior peso. Sim, o dito cujo é pesado, 5,4 kg.

Minhas impressões são bem parcas, nada além de ter achado aquele o maior controle remoto que eu já vi na vida, e o teclado ser bem macio e agradável para a digitação.

Maiores informações vocês podem encontrar no (grande) artigo disponível no MSXResources, já traduzido para o nosso idioma, aqui de terra brasilis.

Atualizando o kickstart do A600

Confesso que foi um longo namoro no sítio da Vesalia Computer. Eu olhava para o item, ficava pensando se valeria a pena, aí refletia um pouco mais, considerava comprar mais alguma coisa e aproveitar o frete, ou seja, nunca que me decidia! No final, vencido pelo cansaço, acabei realizando a compra. Quinze dias depois, chegou cá em casa o integrado contendo o Kickstart 3.1 (rev 40.68) para a atualização do A600.

E antes que perguntem, ainda mais porque já falei duas vezes no assunto, considere que o AmigaOS, o sistema operacional nativo do Amiga, está dividido em duas partes:

  • Uma gravada em ROM e contendo as rotinas básicas de E/S, alguns drivers, pedaços da interface gráfica e, obviamente, a parte que cuida do bootstraping da máquina.
  • A outra, que fica armazenada em disco e que é todo o resto, ou seja, o Workbench propriamente dito, algumas bibliotecas, outros drivers (nativos ou de terceiros) etc.

Sem estas duas metades a única coisa que você vai ver seu Amiga fazer é te pedir para colocar o disquete (literalmente!), e dependendo da versão do Workbench que se deseje rodar, uma determinada versão do Kickstart será necessária. E, apesar dos A600 terem sido vendidos com o Kickstart 2.x (rev 37.xxx — e aqui a Commodore fez uma tremenda confusão), uma versão do Kickstart 3.x foi disponibilizada para ele e os demais Amiga com processador 68000.

Pacote

Como já havia dito, quinze dias após a compra um simpático envelope de tamanho A6 (não esperava receber nada muito maior) chegou pelos correios, e dentro dele estava a ROM. Além dele, três folhas contendo as instruções de instalação: para o Amiga 500 (em inglês e  alemão), do Amiga 2000 (inglês e alemão) e, finalmente, do Amiga 600 (só em inglês).

Instalação

O procedimento é bem “simples”: desconecte tudo o que você tenha pendurado no computador, abra-o (são três parafusos para soltar a parte superior — onde fica teclado, levante-a um pouco para poder soltar o conector do painel de lateral de led e, tomando cuidado com o flat do teclado, levante-o para acessar a placa mãe) e procure pelo único componente soquetado da placa. Com uma chave de fenda e bastante cuidado você vai soltá-lo e então com o dobro do cuidado encaixe o novo Kickstart.

Detalhe que a ROM original tem 40 pinos e a nova 38, é normal que fique sobrando um espaço de dois pinos do lado esquerdo mas a orientação deve ser mantida (veja na foto). Verifique tudo, depois verifique tudo novamente e aí é só ligar!

Uma surpresa!

Meu cartão ainda está com a versão 2.1 do Workbench mas algo que percebi rapidamente foi um pequeno ganho de performance. As coisas pareciam estar um pouco mais rápidas, e o jeito foi recorrer ao SysInfo. Verifiquei que o sistema realmente ficou razoavelmente mais rápido, cerca de 20% (o 1,32x apontado pela seta é quanto o meu A600 está mais rápido do A600 que o Nic Wilson usou como referência — antes mostrava 1,10x).

Finalizando, por enquanto

Considerando que qualquer ganho de performance é sempre bem vindo, a atualização, por si só, já compensou. E ainda há a possibilidade de rodar uma versão mais nova e com mais funcionalidades do Workbench e alguns outros programas. Pois é, acho que precisarei de um cartão Compact Flash maior também. 🙂

A seguir… Workbench 3.x no A600.

Engenharia reversa no MOS6502

Na parte B do episódio 20 do podcast foi feita referência à versão deste vídeo no Youtube. E, para quem quiser baixá-lo para assistir quantas vezes quiser, em alta definição acesse:

http://media.ccc.de/browse/congress/2010/27c3-4159-en-reverse_engineering_mos_6502.html

Este vídeo é bastante interessante, bem didático e serve muito bem como complemento ao episódio.

DraCo Cube

Faz algumas semanas apareceu no eBay inglês um sujeito vendendo um estranho computador chamado DraCo Cube que, na descrição do item, dizia se tratar do último e melhor clone de Amiga clássico. Foi justamente aí que não entendi nada pois não só considerava o A4000 como o último modelo lançado pela Commodore como também acreditava que a série nunca tivesse sido clonada. Então resolvi pesquisar um pouco e vejam só!

Após a falência da Commodore, em 1994, a MacroSystem teve um pressentimento de que não deveria esperar pelo aparecimento de uma empresa que resgataria o Amiga e o levaria novamente à glória (e eles estavam corretos). Assim eles cancelaram o desenvolvimento da versão Zorro-III da V-Lab Motion (placa de edição não linear de vídeo) e resolveram fazer um computador que pudesse rodar AmigaOS e, ao mesmo tempo, utilizar sua linha de produtos em edição de vídeo… assim surgiu o DraCo.

E sua configuração:

  • Processador Motorola 68060, operando a 50MHz (ou 66MHz);
  • Até 128Mb de FastRAM*;
  • Modos de vídeo de até 2400×1200×256 cores, 1280×1024×65536 cores e 1152×864 24-bit (Altais)
  • 32 canais simultâneos de áudio em 16-bit (Toccata)
  • V-Lab Motion
  • Uma portas serial RS232, paralela, SCSI (externa e interna), disquete, mouse (serial) e teclado (PC-AT).
  • E uma quantidade razoável de slots Zorro-II e Draco-Bus para você expandir o bicho.

(*) E com não tinha o “chipset” do AMIGA, ou seja, os customizados Agnus, Alice, Denise, Lisa, Paula etc, não precisava da ChipRAM — de forma bem rápida, a porção da memória RAM em que  a CPU e estes integrados acessam diretamente.

De peças da Commodore mesmo só foram utilizados o Kickstart e as CIA (Complex Interface Adapter, ou MOS6526) para cuidar da parte de E/S. Programas bem escritos rodavam sem maiores problemas nele e, claro, seu preço original era de cerca de USD$ 15.000,00 (no leilão está em torno de £1.500,00).  Se algum dos leitores arrematá-lo, não se esqueça de mandar uma foto sua ao lado do equipamento e nos contando se “State of the Art” e “Shadow of the Beast” rodam nele! 🙂

No Amiga Resource , Amiga history guide e Amiga Hardware vocês  poderão encontrar maiores informações sobre este membro “diferenciado” da linha Amiga.

Se ainda funciona, deixa quieto!

O pessoal da PC World produziu uma matéria bastante interessante sobre sistemas que poderiam ser considerados antigos e para lá de obsoletos mas que permanecem em pleno uso nos dias de hoje. O título “If It Ain’t Broke, Don’t Fix It: Ancient Computers in Use Today” que poderia ser traduzido livremente como: “Se ainda funciona, deixa quieto : Computadores antigos utilizados hoje”. E boa leitura!

Atenção especial para a Sparkler Filters que faz sua contabilidade na base do cartão perfurado usando um bom e velhoclássico IBM 402 e para a excursão da IBM indo lá ver o bicho de perto.