Mais um projeto de “MSX 3” na praça.

Depois do Projeto Omega, do MMSX, do Projeto Júpiter, do CIEL 3++, o MSX-on-a-chip montado no Brasil e de tantos outros projetos, conhecidos e desconhecidos… Eis que surge mais um projeto para criar uma nova arquitetura, 100% compatível com o padrão MSX, mas ampliando as características desse micro japonês. E este é o Project Orbit, feito pelo WORP3 (também conhecido como Tjeerd Veenstra), o mesmo responsável pelo MIDI-PAC. citado em episódios anteriores.

Vamos à ficha técnica:

  • CPU compatível a nível binário com o Z80 e o R800, com arquitetura 32 bits e uso de metodologia pipeline.
  • No mínimo 2 Gbytes de memória RAM, e largura do barramento de 32 bits.
  • Chip de vídeo (VDP) de alto desempenho, poderoso o bastante para gerar imagens em formato HDTV (1920×1080). Ele terá sua própria memória de vídeo e um subconjunto para garantir compatibilidade com o V9958.
  • Processador de áudio on-board.
  • O gabinete é do tipo slim, 19 polegadas, e o dito cujo pode ser preso por suportes.
  • Lendo os comentários, vemos que a princípio, apenas saídas MIDI (MIDI-out) na placa protótipo e 4 portas USB (suporte a USB-MIDI está planejado).

Até agora, o que temos de concreto (?!) é o design do gabinete, que vocês vêem aí em cima. O projeto foi oficialmente apresentado no encontro de Nijmegen, Holanda, e em breve um site dedicado ao projeto estará disponível.

Opinião do editor: Mais um projeto que vai virar vapor. As especificações estão vagas demais. O que penso é que, se a arquitetura é compatível, mas é mais poderosa, deverá ser um ARM com um chip para emulação a nível de hardware. Mas os chips de áudio e vídeo estão vagos demais, e o gabinete, que é o que temos de mais concreto (novamente – ?!) é apenas simpático. Parece até um boato espalhado via email, só falta ter uma página desmistificando-o no QuatroCantos. A favor tem a pessoa que está por trás (e que provou ser competente, com o MIDI-PAC), e o benefício da dúvida. E só. Sinceramente, não sei porque não investir no MSX-on-a-chip, no seu código FPGA, e seguir nessa direção, conforme falamos no episódio 8. Agora… Duvidamos que esse projeto venha à luz, porque se vier… Iremos comprar. Afinal, é MSX.

Sobre Ricardo Pinheiro

Ricardo Jurczyk Pinheiro é uma das mentes em baixa resolução que compõem o Governo de Retrópolis. Editor do podcast, rabiscador não profissional e usuário apaixonado, fiel e monogâmico do mais mágico dos microcomputadores, o Eme Esse Xis.

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  1. Pois é, o desenho do gabinete antes de todo o resto e aquilo que as especificações ajudam com pistas é uma adaptação do 1chipMSX utilizando uma das gerações mais novas das FPGA da Altera. Vale lembrar que o 1chipMSX usa o pré-histórico Cyclone I e a Altera já tem o Cyclone V, com mais performance e portas lógicas acho que dá pra fazer quase tudo daquilo que eles prometeram, ou não?

    1. Acho que não tem muita saída a não ser uma reimplementação em FPGA, não acho que eles tenham bala na agulha pra comprar Z80s em quantidade suficiente pra evitar que o preço não pare na estratosfera.

      Emulação é uma coisa complicada, mesmo sabendo que os chips ARM baratos (Allwinner, Broadcom) estão ali batendo na porta dos gigahertz, porque o simples fato de ser emulação traz um overhead para a máquina.

  2. Cara, se for um MSX em FPGA… Viva. Eu vou ficar muito feliz, e vou comprar um. Tomara q vc esteja certo.

    1. Pois é, lendo novamente as (vagas) especificações. Realmente o que dá para pensar é nisto, uma adaptação do código do 1chipMSX original, usando um Cyclone (bem) mais novo, acrescentando coisas novas nas implementações do Z80 e do VDP. Infelizmente um trabalho bem mais complexo do que o FPGA que finge ser um OPLL da MIDI-PAC. Mas, quem viver verá!